Uma nova pesquisa publicada no prestigioso Jornal de Medicina "Lancet"
é um dos muitos estudos científicos recentes informando que a atividade
física e não a ingestão calórica tem um papel predominante na obesidade
infantil. Os autores do estudo escreveram que seus achados indicam:
...que atividade física rotineira representa um importante papel no ganho
de peso, sem evidencias paralelas que a ingestão calórica também represente...
o declínio drástico de atividade física durante a adolescência pode ser um
dos principais fatores no aumento da obesidade nos Estados Unidos nas ultimas
duas décadas, já que não ocorreu um simultâneo aumento de ingestão calórica.
Outros estudos, incluindo os citados abaixo, também já indicaram o que este
estudo corroborou:
"É comum determinar que o aumento da obesidade pediátrica tem ocorrido por
causa da ingestão calórica. Contudo, as informações não confirmam isso".
Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, 2004
"A falta de evidências de um aumento generalizado na ingestão calórica entre
os jovens apesar do aumento na prevalência de sobrepeso sugere que a falta de
atividade física é o maior desafio para saúde pública".
American Journal of Clinical Nutrition, 2000
"Das sete variáveis de dieta e atividade física examinadas neste estudo, o que
apresentou mais risco para o aumento do IMC entre adolescentes de ambos os sexos
foi a falta de atividade física...O mais interessante é que para este grupo de
adolescentes o aumento da ingestão energética diminuiu os padrões de sobrepeso.
No começo este achado pareceu contraditório. Contudo, dado os altos níveis de
atividade deste grupo, é mais certo que eles gastem mais energia, criando uma
balança energética favorável".
Archives of Pediatric & Adolescence Medicine, 2004