Diabetes e exercício físico
Bruna A. Silva e Celso R. Domiciano, Professores
14 de setembro, 2007

Diabetes mellitus é uma doença causada pela elevação da glicemia decorrente de uma deficiência relativa ou total de insulina. A diabete é classificada em tipo I e tipo II. Estudos apontam que no Brasil pelo menos 14,7% da população acima de 40 anos são portadores de diabetes.

A diabete tipo I ou insulino-dependente é uma doença auto-imune onde ocorre diminuição ou ausência da secreção da insulina pelo pâncreas, antigamente era chamada de diabete juvenil, pois em geral aparece precocemente. Já a diabete tipo II, ou insulino-independente, está associada à obesidade onde existe uma resistência dos tecidos alvos a ação da insulina e geralmente aparece após a vida adulta.

Exercício e diabetes tipo I

A principal preocupação com relação à prescrição do exercício para o diabético tipo I é evitar a hipoglicemia. Isso é conseguido por meio da verificação rigorosa da glicemia antes, durante e após a atividade física e da variação da ingestão de carboidratos e da dosagem de insulina dependendo da intensidade e da duração do exercício e do condicionamento físico do indivíduo.
  • Antes do exercício se a glicemia for menor ou igual a 80-100 mg/dl, devem ser consumidos carboidratos. Se ela estiver acima de 250 mg/dl, o exercício deve ser postergado até que se encontre abaixo desse nível.
  • Não se devem praticar exercícios físicos no momento da ação máxima da insulina, o qual varia de acordo com o tipo de insulina (de ação curta ou intermédia, infusão contínua). A insulina deve ser injetada num grupo muscular que não for exercitado.
  • Diabético tipo I deve antes de ingressar na atividade física, realizar um teste de esforço físico e verificar pressão arterial entre outros que ajudarão no controle do exercício, realizar exercícios de baixo impacto e evitar excesso de cargas para minimizar a resposta da pressão arterial.
Exercício e diabetes tipo II

Já esta mais que comprovada a importância dos exercícios físicos para a saúde independente de idade, raça ou sexo, incluindo portadores de doenças modernas como diabetes, hipertensão, e cardiopatias.

O diabetes tipo II ocorrem em pacientes que apresentam vários fatores de risco, por exemplo: hipertensão, colesterol elevado, obesidade e sedentarismo. A combinação de exercício e dieta pode ser suficiente para eliminar a necessidade de insulina.

Os diabéticos Tipo II não apresentam as mesmas alterações da glicemia do Tipo I, portanto, exercícios de baixa intensidade e de longa duração maximizarão os benefícios relacionados à sensibilidade à insulina.

Os efeitos crônicos da prática regular de exercício físico aumentam a disposição de glicose mediada pela insulina.

Como em todos os programas de atividade física para os indivíduos sedentários, é mais importante fazer menos do que exagerar no início da atividade. Iniciando-se com um exercício leve e aumentando gradativamente o volume e intensidade.

O exercício físico aumenta a velocidade com que a glicose deixa o sangue, dessa maneira o exercício tem sido visto como uma parte útil do tratamento não farmacológico para manter o controle da glicemia do diabético. No entanto, esse efeito benéfico do exercício depende do fato de a glicemia estar ou não "controlada" antes do início da atividade física.

A dieta e o exercício são partes fundamentais no tratamento da diabetes tipo II para obtenção da perda de peso e aumento da sensibilidade à insulina.

Mas antes de iniciar uma atividade física, consulte seu médico. Depois de receber o diagnóstico, você pode procurar a academia ou o profissional de Educação Física.




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