Benefícios do Deep Running
Marcela G. Beserra , Prof. de Educ. Física do Movere
6 de setembro, 2007

Essa atividade surgiu na Finlândia na década de 80, chegou aos Estados Unidos com fins fisioterápicos e foi introduzido no Brasil primeiramente para reabilitação esportiva, mas devido aos seus resultados positivos tornou-se uma opção para quem gosta de água.

Deep running consiste na simulação de uma corrida na parte funda de uma piscina com o uso de um cinto ou colete de flutuação que mantém o indivíduo equilibrado e estável na superfície da água. O aluno pode permanecer ligado a uma linha, correndo no mesmo lugar, ou efetivamente deslocar-se pela piscina durante a aula. Não há contato com o fundo, eliminando qualquer tipo de impacto.

Na água a habilidade de um corpo flutuar é importante nos exercícios aquáticos, atualmente não só essa habilidade é importante, mas também as forças que atuam no meio aquático, fazendo com que diminua as forças compressivas nas articulações, principalmente nos membros inferiores, reduzindo assim o stress e as lesões articulares. O deep running simula uma corrida terrestre, porém com as vantagens de não causar impacto e ser desenvolvida de forma prazerosa. A ausência de carga nas articulações faz desse o método ideal para reabilitação ou condicionamento do indivíduo, principalmente aqueles que já vêm com alguma lesão em tornozelo, pé e joelho.

Como variações de aula podem-se utilizar a corrida estacionária, elevação de joelhos (sem partir para a posição sentada), passadas longas e curtas com alteração da velocidade na execução dos movimentos. A não utilização dos braços gera um aumento de força no trabalho realizado pelas pernas.

Alguns pontos positivos da incorporação do deep running no programa de treinamento:

1. Melhora ou manutenção do condicionamento sem impacto;
2. Melhora técnica/biomecânica, especialmente dos membros superiores, para a corrida;
3. Controle da temperatura;
4. Novo estímulo, pois treinos fixos são geralmente tediosos;
5. Aumenta a flexibilidade geral;
6. Aumento da resistência e força muscular;
7. Maior equilíbrio muscular em função da resistência da água, que é no mínimo 12 vezes maior do que do ar.

O deep running vem sendo incluída nos programas de treinamento aqui no Movere e nas aulas de hidroginástica, atendendo a indivíduos com problemas articulares, musculares, obesos, gestantes, sedentários, cardíacos, idosos, até crianças e adolescentes.

Referências:
A prática da hidroginástica, editora Sprint
César Augusto Delgado e Shirley Nogueira Delgado



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