Pais Ausentes
Daniela Levy, Psicóloga
11 de abril, 2008

Queixas freqüentes que os pais levam aos consultórios de psicologia é de que estão cada vez mais ausentes e por isso não conseguem educar os filhos de forma correta.

O que gera problemas na educação das crianças não é o fato dos pais trabalharem fora, mas a maneira como se comprometem com a educação de seus filhos, a forma como administram seu tempo e o tipo efetivo de educação que colocam em prática.

Pais podem estar fisicamente próximos de seus filhos durante a maior parte do dia, mas podem não estar afetivamente disponíveis a eles. Não conversam intimamente, não brincam, brigam e gritam a maior parte das vezes que se dirigem à criança.

Por outro lado, existem famílias que, mesmo estando a maior parte do dia longe de seus filhos, conseguem manter um relacionamento próximo, afetuoso e se envolver na educação dos filhos.

A presença dos pais sempre se fez necessária na educação dos filhos e, hoje, o que se vê são crianças carentes, que se encontram perdidas, entre a internet, tv e videogames.

Pais ausentes abrem uma brecha enorme para os filhos se envolverem com outras companhias, procurando modelos alternativos e existe grande risco de envolvimento com drogas, problemas escolares, agressividade, carência afetiva, depressão, ansiedade, obesidade etc.

Pais ausentes devem desenvolver algumas habilidades importantes para participarem ativamente na educação dos filhos, como:

- Administrar o tempo

- Serem afetivos e dar atenção

- Monitorar à distância

- Estarem acessíveis para a criança poder recorrer quando precisar

- Ser cuidadoso na escolha de com quem e onde deixar a criança na ausência

O importante é que os pais devem cuidar dos filhos sem se culpar desta ausência, pois pais ausentes não significa necessariamente pais displicentes.



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