Que momento maravilhoso este que você está vivendo! Imagino a ansiedade que tomou conta de você no período que antecedeu a gravidez, as tentativas, os sonhos, os anseios... A chegada do bebê a este mundo é o momento mais importante, porque o bebê sai da vida intra-uterina e parte para sua nova jornada, é o momento do parto. Cerca de 15 dias antes do parto, a mãe entra num período denominado de Pré-Parto. Nesta época, as contrações vão ficando mais intensas e já dificultam até o sono materno. Em primigestas a mãe pode perceber a diminuição do volume abdominal. Este fenômeno é mais perceptível na primeira gravidez e denominado respectivamente de "queda do ventre", eliminação da "rolha" ou "tampão" mucoso. Aparecem em média 15 dias antes do parto em primigestas, e menos tempo em multíparas. Para algumas o desejo é o parto normal e para outras o parto cesária. Mas qual é o melhor, o que vale mais? Muitas são as dúvidas. Os dois tipos de parto tem seus prós e contras, o importante é seguir o seu desejo e em parceria com seu médico analisar qual é o mais indicado para o seu caso, mas não esqueça que a escolha é sua. Exercícios físicos leves para o fortalecimento do assoalho pélvico, alongamentos, fortalecimento de braços e pernas durante as aulas, aliados a respiração e relaxamento podem garantir um parto mais tranqüilo e harmonioso seja ele parto normal ou cesária. O parto Normal: • Permite à natureza seguir seu rumo, deixando o bebê nascer no tempo certo. • A maioria das mulheres pode ter sem contraindicações. • Favorece a expulsão dos líquidos pulmonares do bebê, havendo menos risco de desconforto pulmonar após o parto. • Não se pode decidir o momento em que o bebê vai nascer. Deve-se esperar as contrações e a dilatação do cólo do útero. Após 37 semanas, a mãe deve diminuir suas atividades normais e esperar pelo parto tranquilamente. Pode ser a qualquer momento! • As dores de parto começam devagar e espaçadamente, e depois ficam mais fortes e freqüentes, ajudando a dilatar o cólo do útero, que deve chegar a 10 cm para que o bebê nasça. As dores se assemelham a cólicas fortes, refletindo no baixo ventre (pé da barriga) e nas costas, e vêm a cada 5 minutos. • O momento em que pode ser dada a anestesia varia e deve ser decidido de acordo com a dor da paciente. Geralmente, após 5 cm de dilatação, a dor começa a piorar e podemos indicar a anestesia peridural contínua, onde o anestesista coloca um cateter nas costas da paciente para complementar a anestesia até o parto. Por isso, parto sem dor. • O parto é monitorado pelo médico ou por uma enfermeira obstetriz no hospital, no local de pré-parto, durante todo o tempo para avaliar como está o bebê. Se qualquer problema acontecer, o médico poderá indicar uma cesárea. Neste momento a paciente é avisada e esclarecida. • O trabalho de parto dura em média 12 horas, sendo que a dilatação evolui 1 cm por hora, e após 10 cm, a expulsão do bebê demora 1 hora. Isso varia de mulher para mulher, sendo que umas apresentam evolução mais rápida. Outras vão ao hospital muito cedo, ainda com pouca dilatação, e ficam mais tempo em trabalho de parto. Por isso, espere as contrações ficarem mais freqüentes e fortes antes de procurar o hospital, principalmente se for seu primeiro parto. • Cada parto é diferente um do outro. Quem teve somente um parto cesáreo, ainda pode ter parto normal. Se você teve um parto normal, pode ser que precise de uma cesárea. • O parto normal complica menos, ou seja, dá menos infecções e necessita de menor intervenção do médico. • A permanência no hospital é breve, geralmente de 24 horas ou menos. O Parto Cesáreo: • A grande vantagem é que a mãe pode decidir quando será o parto. Muitas mulheres trabalham, necessitando se programar para a chegada do bebê. É realizada no mesmo dia da internação. • O médico deve avaliar muito bem a idade gestacional. Um ultra-som bem precoce deve estar disponível para confirmar a idade pela última menstruação. Um erro pode ocasionar que o bebê nasça prematuro. A maior causa de bebês prematuros no país é a cesária programada de forma errada! • Pode-se também aguardar a grávida entrar em trabalho de parto para fazer a cesárea. • A gestante tem certeza de que o médico que a acompanhou estará disponível para fazer o parto. No parto normal, como não há hora para nascer, muitas vezes o médico não está disponível e um médico plantonista ou obstetriz conduz o parto. • A anestesia dada é a raquidiana ou a anestesia peridural. • Geralmente, há mais dor após o parto devido à incisão (corte) na barriga e à manipulação do médico. Necessita de maior dose de analgésicos. A dor e o inchaço no local demora cerca de 6 meses para diminuir, como toda cirurgia. • A incisão é feita de forma estética e geralmente não aparece no biquini. • Lembre-se que a cesárea não deixa de ser uma cirurgia, com todo risco de complicações de qualquer cirurgia comum (infecções, sangramentos, risco anestésico, trombose nas pernas). • Em certos casos, o parto cesáreo é indicado. Quando o bebê está sentado, em gestação de gêmeos, quando há complicações durante o parto normal, quando há sofrimento do bebê, quando há placenta prévia, quando há alguma patologia grave, quando o bebê passou do tempo de nascer e não se pode induzir o parto, quando há mecônio espesso, entre outras. O mecônio são as fezes do bebê. Quando estão em grande quantidade, tornam o líquido amniótico espesso e, se aspirado pelo bebê, gruda nas vias aéreas e dificulta a respiração. • O pulmão do bebê não é tão comprimido durante a cesárea e ele têm maior risco de ter desconforto para respirar após o parto. Por isso, o pediatra aspira as vias aéreas de todo bebê nascido de cesárea. Esse desconforto geralmente passa logo, melhorando quando o pulmão reabsorve todo o líquido. • O tempo de internação da mãe após cesárea é maior, 48 horas em média, depende do médico e do hospital. A mulher não deve fazer esforço físico nem ginástica por pelo menos 2 meses após a cirurgia, para permitir a cicatrização completa e evitar hérnias internas. |